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Com o aumento das proibições comerciais contra os fabricantes chineses de memória, o governo chinês começa a buscar alternativas para acelerar sua indústria de semicondutores. Comentando o assunto, Cao Haitao, professor da Universidade de Minjiang, fez uma sugestão polêmica para Pequim.
Segundo o pesquisador, é hora de o governo chinês obrigar os fabricantes locais de smartphones e outros eletrônicos a usarem chips 100% chineses. Na visão do professor, o sistema deve ser implantado na forma de cotas, com a primeira etapa começando com 30% dos aparelhos que usam semicondutores nacionais.
Além disso, em caso de descumprimento, os fabricantes podem ser punidos, e isso pode ser feito por meio do tributação de até 400% dos chips que possuem tecnologia dos Estados Unidos🇧🇷
Na avaliação de Cao, a intenção da medida “contundente” é estimular o mercado local de semicondutores, já que a maioria dos fabricantes chineses tem forte presença global.
Assim, além de popularizar os chips chineses, a medida também fará com que mais dinheiro entre nos caixas das fabricantes de chips, algo que deve resultar em mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
O professor também apontou que a produção de chips está esgotando os recursos hídricos de Taiwan e isso pode ser uma boa vantagem para a China.
Chen Keming, ex-diretor do Taiwan Research Institute, disse que a TSMC não é mais uma empresa taiwanesa. Para ele, 80% da empresa está nas mãos de estrangeiros, enquanto apenas 20% fica com seus compatriotas.
Como resultado, 80% dos lucros da empresa são enviados para o exterior e Taiwan fica apenas com problemas ambientais.
O governo chinês ainda não respondeu à sugestão de Cao, mas fontes dizem que Pequim está trabalhando há algum tempo na possibilidade de implementar uma cota para os chips chineses.